A data 8 de março surgiu da luta das mulheres, que buscavam melhores condições de trabalho, igualdade de gênero, direito de voto, participação na vida política, combate a opressão e a defesa de uma sociedade livre e emancipada.
Na atual conjuntura, a data se tornou um símbolo de luta das mulheres frente às opressões sofridas, próprias de uma sociedade capitalista e patriarcal.
Uma das maiores opressões vivenciadas pelas mulheres é a violência contra mulher, só no Tocantins, nos primeiros seis meses de 2017, o estado registrou 130 estupros, 22 tentativas de estupro e pelo menos 17 casos de femicídio (assassinato motivado pela opressão de gênero). Estes dados só podem ser enfrentados por meio de uma luta permanente e com políticas públicas que universalizem direitos.
Nesta data o Conselho Regional de Serviço Social CRESS – TO 25ª Região reafirma seu posicionamento ético político e defesa intransigente dos direitos sociais e da vida das mulheres, sobretudo aquelas marginalizadas com suas vidas reféns da barbárie.
O CRESS entende a necessidade da permanente mobilização pela garantia dos direitos e superação de todas as formas de violência e opressão. Somente com a luta coletiva é possível enfrentar este cenário avassalador de precarização das políticas públicas, retrocesso dos direitos historicamente conquistados, dentre estes podemos destacar a reforma da previdência e trabalhista a deteorização dos salários e do emprego e principalmente os dados alarmantes dos diversos tipos das violências sofridas pelas mulheres.
Por estas razões, precisamos politizar essa data, afim de que a mesma não represente apenas uma data comemorativa vazia de sentido sócio-histórico. Deve ser uma data de resistência, em que a luta seja efetivamente coletiva para que a condição de gênero, o ser mulher, não signifique ser oprimida.
Poesia e luta:
“Só a vida sem obstáculos, efervescente, leva a milhares de novas formas e improvisações, traz à luz a força criadora, corrige os caminhos equivocados. A vida pública em países com liberdade limitada está sempre tão golpeada pela pobreza, é tão miserável, tão rígida, tão estéril, precisamente porque, ao excluir-se a democracia, fecham-se as fontes vivas de toda riqueza e progresso espiritual.” (Revolução Russa).
Escreveu Rosa Luxemburgo (1871-1919) foi uma revolucionária e teórica marxista polonesa, naturalizada alemã. Tornou-se uma destacada dirigente do movimento comunista internacional Rosa.
Conselho Regional de Serviço Social
Gestão “Lutar, resistir e jamais temer”